Quero voltar
Quero sentir
Sentir
O cheiro da chuva
O cheiro
Das cobertas
Cheirosas
Sentir-me feliz
Com estas pequenas coisas
Não quero mais
Deixar
Nenhuma química
Mexer na minha cabeça
Assim como nenhum
Idiota
Vou voltar
Voltar a ser eu
Sem nenhuma
Disfunção
Química
Ou emocional
Vou, agora, deitar-me.
Sentir aquele último
Pensamento.
E dormir como
Alguém que lembra
De cheiro de infância
De afago de mãe
De beijo de filho
De gente boa
Da obra de Deus
Do seu inexplicável
Paradoxo
Entre as belezas da vida
Entre as tragédias da vida.
Mesmo assim
Com todo desespero
Sinto que a esperança está
Voltando
E, talvez, mais forte.
Que ontem
Pois superei
Mais um sofrimento
Mais um desprezo
De gente idiota
De tentar resgatar
E, acabar, por me machucar.
Postatado por Cris Poulain.
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