Tenho tentado muito. Ninguém sabe o quanto. Acredito que passei dos treinos, ou eles nunca passarão.
Será que nunca teremos uma verdade absoluta. Não, não teremos. Isto é uma verdade absoluta: que nenhuma verdade será absoluta, tudo é ponto de vista de hoje, que poderá ou não continuar a ser ponto de vista de amanhã.
Tenho tentado viver sem medo, tenho tentado andar. Andar torto, andar reto, andar na complexidade dos seres, na simplicidade dos mesmos. Só peço a Deus que não ande na mediocridade. Não é um pedido, é um suplício.
Tenho sentido que estou escapando de mim, estou sendo rotina, que aprisiona, falta de sonho, de intensidade de alma.
Não estou conseguindo me sentir pulsar, me sentir desejo, me sentir chocada.
A proximidade com esta morte, me consome.
Preciso mexer no lixo, urge que ele seja revirado, espalhado, até tocado, assim saberei por que estou morrendo.
Vou implorar, vou suplicar que não perca o desejo de cultivar o sentimento de viver o amor, a busca.
Não terei mais vergonha de me ajoelhar e pedir a Deus um pouco de ânimo.
Ânimo para ter os delírios que quiser as imaginações que quiser, mesmo que tentando me consuma na dor.
Ou vivo sendo um sendo algo que preste, ou serei burra até quando Deus quiser.
Burra em achar que em silêncio, que sendo sensibilidade aflorada, chegarei a algum lugar.
Mexendo no lixo, encontrei um cartão velho com palavras sábias sobre amizade, aquilo doeu.
Veio com a força de um rio selvagem um sentimento de amargura, uma grande amargura por dar mais do que receber. Dar e aceitar.
Foi o ato egoísta, de alguém egoísta que me acordou que me fez raiva, onde tinha muito amor.
Agora, neste instante, algo me ocorreu. Sentimento que me persegue há meses me confunde.
Entendi, enchi o coração com uma amargura que não me pertencia, mas hoje veio forte, veio com uma vontade de rir de mim, de ti, de nós.
Parece um vulcão ardendo em meu peito, uma raiva de mim.
Sentimento de quem prega o amor, mas que num belo dia, um idiota qualquer, de um canto qualquer te negligencia, te faz nada.
Aí tu acordas e sentes raiva por ter sido boa com quem não merecia.
Era o sentimento de enxergar quem meu amigo era de verdade, que me fez hoje raiva.
Foi bom vasculhar o lixo, descobri que não te quero mais, que me fazes mal.
Talvez, para quem leia a descoberta não seja interessante, mas ser mal amado seja lá por quem for, nos sufoca.Nos estraçalha.
Não mais me permitirei a este tipo de amor, amor de amigo que, na verdade é só um rosto na tela, não é amigo, é filho da puta.
Quanto alívio senti agora que descobri aquilo que me aniquilava.
Agora estou bem. Vou tomar um café gostoso com quem merece meu gostar. Com quem merece meu tempo.
Vamos a um bom café, AMIGOS?
(Cris Poulain).
terça-feira, 12 de agosto de 2008
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3 comentários:
Oi amada! Enfim consegui entrar no teu blog. Parabéns pela iniciativa :)
Li teu texto sobre o lixo... Eu acho isso muito bom!!! Sempre é válido vasculharmos nosso lixo e então revê-lo. É bom para que possamos realmente jogar fora tudo q não nos serve mais e então dar espaço ao novo. Faça isso... jogue fora tudo que te faça mal, que te deixe triste, pra baixo, ou simplesmente aquilo que não te sirva mais para nada... e de lugar às coisas novas que estão por vir... aos sentimentos...
Cris querida! Sejas feliz!
Bjos no coração!
O meu café, puro, por favor!
Trouxe biscoitos q eu mesma fiz para continuarmos o papo!
[i][b]Remexer no lixo..acho que é o que eu preciso..Tia, estás te tornando cada vez MELHOR nisso, espero realmenete que não disistas!!!um beijão
P.s:espero que eu posso fazer parte desse café!!!
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