A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já to ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Há dores que sinceramente
eu não resolvo, sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo e me torno moribundo de doer
daquele corte do haver sangramento
e forte que vem no mesmo malote das coisas queridas,
Vem dentro dos amores, dentro das perdas
de coisas antes possuídas dentro das alegrias havidas.
Há porradas que não tem saída.
Há um monte de "não era isso que eu queria"
Outro dia, acabei de morrer depois de uma crise sobre o existencialismo.
Hoje, praticamente, eu morro quando quero.
Às vezes ,só porque não foi um bom desfecho
ou porque eu não concordo,
Ou uma bela puxada no tapete ,
ou porque eu mesma me enrolo.
Não dá outra :tiro o chinelo
E dou uma morrida
Não atendo telefone, campainha
Fico aí camisolenta em estado de éter
nem zangada, nem histérica,
nem puta da vida.
To nocauteada, tô morrida
ELisa Lucinda
Postado por Cris Poulain.
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