sexta-feira, 13 de março de 2009

Um marco na telematrurgia brasileira.
Esta cena parou o Brasil.

Muitos dizem que o Brasil é o país do futebol. Não contesto, apenas acrescento: O Brasil também é o país da Tele-novela.
Nossa teledramaturgia é com certeza uma das nossas melhores expressões artísticas, pois nos retrata, conta muito do nosso jeito de viver, de pensar, e nos revela para terras distantes daqui. Muita gente torce o nariz, age com indiferença, assume uma pretensa intelectualidade, mas querendo ou não um dia já assistiu ou teve curiosidade por alguma novela de tv.
Afinal de contas as tramas mudaram muito desde o tempo em que eram apenas ouvidas pelos rádios, ou então quando eram dramalhões históricos feitos para o aparelhos em preto e branco dos anos cinqüenta ou sessenta. Antes produto restrito às mulheres hoje ganhou a presença de toda a família diante da telinha. E uma das responsáveis por esta atração foi a grande novelista Janete Clair. Ela soube atrair uma grande parte da audiência, que antes dela não era muito interessada em novela: Os Homens! Sim, antes da sua espetacular “Irmãos Coragem” os homens não se interessavam muito por novela. Entretanto nesta trama, a autora soube mesclar elementos que atraíram logo de cara o público masculino, uma boa história no maior clima de bang-bang nos interiores do Brasil, um personagem jogador de futebol, e outros ingredientes que fortaleceram o gênero para tudo e para todos. E mais revelaram o grande talento da autora de tramas como “Selva de Pedra”, “Pecado capital”, “O Astro” ou “Pai Herói”.
Outro grande mérito da telenovela foi saber burlar a censura numa época em que o Brasil vivia mergulhado numa ditadura. As tramas dos anos setenta (muitas delas escritas por autores de teatro que haviam sido impedidos de escrever para os palcos e que migraram para a tv), eram tramas modernas, ousadas, que diziam tudo o que não se podia dizer sem ninguém perceber, pelo menos para aqueles que só sabiam proibir. São desta época sucessos como “O Bem Amado”, “Espigão” ou “Saramandaia” de Dias Gomes, “Escalada”, “O Casarão” ou “Espelho Mágico” de Lauro César Muniz, “O Bofe” ou “O Rebu” de Bráulio Pedroso.
Isto sem deixar de comentar sobre dois autores inesquecíveis e que deixaram muita saudade, ambos pioneiros, da época em que a televisão surgiu no Brasil e que souberam como ninguém contar uma boa história: Cassiano Gabus Mendes com seu universo particular de tipos sempre interessados em se dar bem como em “Beto Rockfeller”, “Anjo Mau”. “Locomotivas”, “Plumas e Paetês entre outras. E Ivani Ribeiro com sua tramas simples, quase ingênuas, mas muito cheias de carisma e encanto, como “Mulheres de Areia”, “A Viagem” ou “A Gata Comeu”.
A década de setenta também revelaria outro grande nome da nossa teledramaturgia: Gilberto Braga. Que revolucionou com uma trama cheia de atrativos, a novela de 1978 “Dancin Days” e que até hoje não se sabe se levou o público às discotecas ou quem freqüentava as discotecas para a frente da tv. Autor que descreve como ninguém o charmoso universo da alta sociedade carioca, em “Água viva”, “Louco Amor”, “Dono do Mundo” e na arrebatadora “Vale Tudo” onde todos se perguntaram “Quem matou Odette Roittman?”
Outro dos grandes e que merece um capítulo à parte é o maravilhoso Sílvio de Abreu. Ele soube trazer o humor, a comédia rasgada para o horário das sete em tramas divertidíssimas como “Jogo da Vida”, “Guerra dos Sexos”, “Cambalacho” e “ Sassaricando”. E no horário nobre com as clássicas “Rainha da Sucata” e “A próxima Vítima”, esta última um suspense de primeira que parou o Brasil.
É claro que faço uma pincelada bem geral sobre o tema, temos ainda grandes autores como Benedito Ruy Barbosa, autor de “Cabocla”, “Pantanal” e “Rei do Gado”, Aguinaldo Silva com “Tieta”, “Pedra sobre Pedra e “Senhora do destino”, Glória Perez com “Barriga de Aluguel”, “ Explode Coração” e “ O Clone”, Manoel Carlos com “História de amor” “Por amor” ou Laços de Família”.
Enfim, com tanta variedade, com tantos gêneros distintos, com tantas maneiras de se contar histórias, não tem como se cansar. Novela é o verdadeiro vício do brasileiro!
Daniel Pilotto.
Grande conhecedor da dramaturgia brasileira,cinema,principalmente clássicos.

quinta-feira, 12 de março de 2009


PARA OS HOMENS QUE SALVARAM MEU CASAMENTO. Queridos amigos e bons companheiros nas horas difíceis. Não sabem que tiveram importância grandiosa na minha vida matrimonial, perdoem a palavra cafona, MARIMORNIAL, mas meu casamento é assim,na igreja,no civil,com véu,grinalda e tudo mais.Meus homens,na medida que eu e meu esposo fomos ficando entediados,vocês surgiram.Ah,quanta serventia tiveram,como me usaram,como foram usados.Hoje resolvi homenageá-los,os ex-namorados,sempre mentindo que nunca me esqueceram,que era a mais especial.Sempre,ali,tão abnegados,sempre me dizendo que a ex-sogra nunca mais aceitou a outra.O mais mentiroso deles,disse que não me concedeu o perdão,que durante dezesseis longos anos,não me esqueceu um dia sequer.Que amor de mentira,mas ela me foi útil quando me separei por ter sido traída.Querido,se recebesses esta carta,saberia que podia ter sido bom se não inventasses de me cobrar a minha separação,queria que a efetivasse,mas eu sempre soube que voltaria.Aos ex-namorados,sempre tão respeitosos,meu muito obrigado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Realmente, eu nunca os esquecerei, até queria todos no meu funeral, pois estarei no de vocês. Aos esporádicos, que ficaram sendo sempre evasivos, misteriosos, ah estes também tiveram seu valor,pois cada vez que me provocaram e não atuaram como esperava,faziam com que eu me tornasse uma atirada, naqueles dias em que meu marido perguntava: onde aprendestes isto QUERO INFORMÁ-LOS QUE UM DIA NÃO TERÃO MAIS SERVENTIA na minha vida..
À Medida, QUE EU E MEU MARIDO, que os nossos contatos iam ganhando formas e cores, mais eu me percebia revelada em cada um deles. Nas ajudas recíprocas, quando um ponto diferente desafiava nossas habilidades, exercitei em alternância o “dar e receber”, movimento mais primitivo da vida, e vislumbrei o fortalecimento de vínculos entre nós.Mas,para chegar a isto precisei de vocês,homens maravilhosos.A partir dessas vivências, tenho colocado mais atenção aos fios, tramas, novelos, linhas e cores na minha vida. Às vezes perco o fio, me desalinho... Outras vezes desato nós, puxo mais longo o fio da vida... Quero ser desalinhada, por isto preciso de vocês. Bordando no pano, transbordo no instante!Queridos amigos, estas linhas, estes pontos, estas tramas, são os meus filhos, o meu sexo com meu esposo, eram, nossas noites em claro, nossas transas em final de festa, até o amanhecer, nossos erros, nossa dignidade, nossa falta de fidelidade. Jamais saberão mais sempre que tentei chutar o balde. Ou assumir uma paixonite, o chegava com um convite gostoso para irmos mais cedo para cama, com remedinho para a gripe e tudo voltava. Hoje, percebo o quanto foi útil, amarei a todos eternamente. Jamais poderei agradecê-los a altura. Só sinto informá-los que um dia pararei de brincar, por isto já fiz analogias com fios, tricô... Hoje me pensei pensando nisto, um dia pararei de procurá-los. Será que neste dia que aprenderei a fazer um tricô? Não, eu não chegarei a tanto, mas se seguir casada, se curtir meus netos com meu esposo, querem que saibam que muito me ajudaram. Da sempre sua. Contem comigo.
Cris Poulain.

Este texto é pura ficção, mas poderia ser a trajetória de qualquer mulher.

Tive uma vida familiar difícil.Quando me perguntaram aquilo que fez eu ser equilibrada,ou pseudo-equilibrada,respondi:os bons amores que tive.Fui muito amada por meus namorados,pelas famílias dos meus namorados.O amor me salvou.:AMIGOS e AMORES.Voar com os pés no chão,se é que é possível.Basta acreditar e ser leve.
Não bloqueio o blog para ninguém.É leve e para quem quiser ver.
O apelo visual existe, porque o meu interesse primordial é discutir amor com quem gosta,quem ama sem muralhas:os jovens.Não estão saturados de amarguras.Sei que eles,assim como eu gostam de cores e vida.
Meus ex-alunos,minhas amigas,amigas dos meus filhos,companheiros de equipe,amigos do orkut,confrades de comunidade,meus filhos e quem mais quiser,aproveitem e participem comigo.
Não me importo com rótulos,ser boazinha,ser malvada,fazer literatura forte,ou melosa.
Seja uma ideia, que venha. Agradar ou não é consequência.