quarta-feira, 13 de maio de 2009

DOR da alma,dor emocional,espiritual.DOR química.Qual é o limite de cada uma?

Entrei aqui para falar de uma dor,uma dor fulminante,arrasadora,envolta em preconceitos,que mata,que matou minha mãe,sorte dela ter um marido maravilhoso que nunca duvidou,mas que,sem querer atingiu os filhos,pois sofríamos juntos.Alguns chamavam fiteira,outros achavam que era porque tinha tudo.Que um bom tanque de roupa resolveria.Até,agora,que ela está morta não a deixam em paz.dizendo que foi fraca,pois digo que foi forte.Não julguei,fui estudar,fui entender.Sorte dos meus amigos,pois depois disto,muitos precisaram de ajuda,os pais não entendiam.Eram julgados,eu podia ajudá-los.Ainda posso.

Esperemos, chegará o entendimento, assim espero.

É algo genético, qualquer coisa, pode desencadeá-la.Dor arrasadora-Este texto é para minha mãe,que não está mais aqui neste mundo,mas que sofreu tudo isto e,por mim sempre foi compreendida.Fui para os livros,mas jamais julguei.Ela teve todos os recursos,imagina quem não os têm?

 É uma dor diferente das outras dores.É uma disfunção química e ninguém está livre.Pode ser genética,pode ser qualquer coisas,mas ela existe. Alguns acham que força de vontade basta. Fico pasma, triste, quando faz mais de cinqüenta anos que isto já foi provado.

Ney Matogrosso disse em uma entrevista,que sempre riu,criticou a fata de ânimo,que julgava fraqueza,até o dia que não conseguiu sair do banho,foi tirado.Assim como ele,nem a classe de artistas fica livre,muitos somem,depois sabemos que foram internados,tratados até achar o remédio certo.Como sempre persgui isto,acho que as informações chegam até mim.Sei de muitos que ficaram fora da profissão pela doença.Assim como Lídia Brondi,casada com Cássio Gabus Mendes.Um dos maiores salários da globo,teve uma crise de pânico,nas gravações,nenca mais quis exercer a profissão.Linda,tornou-se estudante e dona de casa.

Só quem já sentiu,ou conviveu, entende. Podemos ter lucidez, senso de humor,todo dinheiro do mundo,todos os homens do mundo,mas quando ela chega, as enzimas mandam. A angústia é LOUCA.Não existe condições de viver nada.

O emocional é mais compreensível, assim como o neurológico. A química não tem como radiografar. Somos usadas de cobaia, até acertar aquilo que pode amenizar a dor profunda.

DOR INDEFINÍVEL pode senti-la, acharmos que não agüentaremos mais um minuto, sofrer o preconceito. Será que alguns medíocres ousam julgar fracos aqueles que sentem esta dor.

E como têm medíocres, que desinformados não entendem que são enzimas.

A sensação é de que injetaram algo em nossas veias, algo que fica correndo por todo corpo, como uma loucura, mas não aquela de dos demônios que nos propiciam criar. Não ela não nos deixa descansar, produzir, mas, também, não nos deixa criar.

Não é a loucura de um sofrimento angustiante, de uma perda.

São as enzimas em rebuliço tentando acabar com a gente.

Quem dera fosse a perda de um amor, de uma pessoa querida, estas dores, por mais insuportáveis que sejam, podem ser acalmadas com algumas táticas faz muito usadas.

É DOR também, mas não como esta química,esta independe de estrutura emocional, é de enlouquecer.

O pior é que não sabemos onde começa o emocional, o químico.

Pois toda DOR, a nossa dor, a dor de quem amamos a dor da injustiça, a dor da omissão.Tudo é dor,mas é outra DOR. Esta que falo,falo com conhecimento de causa,pois ajudou a matar minha mãe.

Tudo nos sufoca, mexe com a gente, cada um reage de um jeito. Uns gritam, outros silenciam.

Muitos congelam, imobilizam, muitos buscam espiritualidade, buscam religião, buscam a droga.

Isolam-se,vão a macumba, cartomante. Outros dopam-se com tudo que encontram,desde do álcool até o trabalho.

Quem somos nós para julgarmos estes sentimentos febris, esta companheira, parceria que entra,senta sem ser convidada.torna-se uma parceira que precisa ser tratada.

É um encosto. Será espiritual, falo das dores da alma, não da química. Esta é como dor no nervo do dente, dor absurda. Faz o corpo sentir tudo, padecer, muitas vezes, MATA.

Ninguém sabe o remédio, vão tateando. Existe atraso nesta área. Tanto de quem pesquisa, como de quem sente, como de quem convive.

É uma viagem que passa pelo sangue, artérias. Chega ao cérebro, coração.

Na dor emocional existe até certa poesia, muitos criam quando sofrem,quando padecem de perdas,mas a química é ABSURDAMENTE louca, arrasadora, tsunami.

É mais que tocar o âmago, não existe encantamento.

Não gera poemas, prosas, nem poesias. Sim o CAOS. O ISOLAMENTO.

Muitas vezes chega com o padecimento do corpo, depois vai invadindo tudo.

Quem dera ,queridos amigos , estivesse aqui falando de dores de amor,de desencantamentos.

De encantamentos. Nem penso em menosprezar estas dores.MAs,quero chamar atenção para outra dor.A DOR da mais antiga,mas menos compreendida que já existiu. 

Não falo de dor de quem está lúcida, com toda vontade de viver, amar, mas  de uma doença.Esta dor eu quero matá-la,pois ela matou minha mãe,sutilmente,lentamente,até se tornar em um câncer.

Física, absurda louca, sem aviso, sem muitos recursos, chega e toma conta.

Atinge de forma fulminante o corpo: anorexia, medo, dores musculares, dores insuportáveis.

Não acham nada no corpo... É depressão química.

Sei que o emocional, o físico, o espiritual se misturam.

Uma dor pode causar emocional pode desencadear uma disfunção química.

Até posso viver o CAOS que pulsa o amor em expectativa, mas não é disto que falo,sim de uma dor,ainda,desconhecida,pouco conhecida,mas que nos faz ultrapassar qualquer capacidade de coragem.



Postado por Cris Poulain.

5 comentários:

Anônimo disse...

As dores da alma influenciam diretamente na intensidade com que sentimos as dores no nosso corpo. Essas dores podem ser muito bem traduzidas por uma noite escura, ou um grande vazio, como se tivéssemos nos deparando com um abismo infinito, do qual nos parece nunca mais sairemos para encontrar o caminho de volta para a luz. Estarei sempre aki, pra te ouvir quando precisares...minha filha sofreu muito qdo teve crise do panico...sei como vc deve se sentir...sofri muito com o sofrimento dela, as pessoas nao sabiam e nao entendiam o que ela sentia, só eu, mãe e amiga para conforta-la e ajuda-la a sair dessa.Hj ela está bem melhor.A terapia de grupo a ajudou muito.
Beijos no teu core, fica com Deus!
By: Felina.

Anônimo disse...

Cris, não há nada a dizer, pois disseste tudo! Descobri com todas essas dores, que a dor que mais machuca é a de falta de compreensão... não podemos culpar os outros, pois falta informação e entendimento, e muitas vezes falta de capacidade de compreender mesmo. Isso torna nossa dor mil vezes maior. Pessoas opinam sem serem solicitadas, dão conselhos furados sem terem a menor noção do que estão falando, e em momentos de raiva já desejei que essas pessoas passem pelo que estou passando. Não me culpo por isso. E não me culpo por mim, por doer, já me senti fraca, mas hoje com a ajuda de pessoas como tu, descobri que isso não é fraqueza, que apenas sentimos e vivemos mais intensamente as coisas, que tudo nos afeta mais por sermos mais humanos. Sim, mais humanos, não é um simples "ditado", mas a dor nos fortalece. Quando passa o tempo e conseguimos olhar para trás, vemos o que já fomos capazes de vencer e isso nos mostra a capacidade que temos de seguir em frente, mesmo doendo. Às vezes não conseguimos. Mas entendo que essa dor nos foi "dada" por alguma razão, pois desse caos muitas vezes surge a criação, como tens feito com teu blog, tuas fotografias, eu mesma estou resgatando coisas que já passavam despercebidas para mim. Sei que disso tudo sairá alguém melhor, ainda mais humana, com mais capacidade de amar, se doar, de fazer algo melhor pelo mundo e pelas pessoas que desejarem isso.
Só tenho a agradecer pelo teu texto. Beijo na alma! Jô

Anônimo disse...

Olá Cris,
Diante de um texto tão expressivo e experienciado sobre o que se é dor, penso que as minhas dores são nada... Que os motivos pelos quais digo sentir dor são até tolos.
Após ler este texto tão forte. tudo o que eu queria era estar ao seu lado e te dar um forte, gostoso e demorado abraço...
Sinto pela sua dor e desejaria poder fazer algo para poder aliviar ou trabalhar seriamente em algum laboratório de pesquisa e "alquimia" para buscar a cura para esta DOR e, ao achar o antídodo multiplicar e dar ele de presente a todos que necessitam, com um pequeno bilhetinho escrito: "Bem vindo a vida! É hora de voltar a ser feliz."
Te amo amiga tão genesora!!!!!
Um beijo da Helô

Minhas Singularidades. disse...

Obrigado pelo carinho.Aceito todos os abraços,quero bem apertados.
Amoooooooooo

Muito Mais Delícia disse...

Voc~e escreve fala em dor mas não diz o nome da "dor", exemplo: pânico não mata, a esquizofrenia tratada devidamente tb não mata, bipolaridade tambem não. Do que vc fala especificamente, seja mais clara.