domingo, 2 de agosto de 2009

Realidade e Fantasia.


Por favor, não me enchas
De esperança. Não roubas minha rotina
Tão certinha, tão minha
Tão cheia de tédio,
Tão cheia de horários
De poucos devaneios.
Aquela inquietude
Que tinha, aquelas amigas
Todas, loucas, loucas éramos
Muita felicidade, muito amor
Cada dia sonhos novos, novos desejos.
Vida tênue, entre realidade e
Fantasia
Assim éramos fazendo filosofia
De um simples dia.
De uma ida ao cinema
Uma aula de filosofia
Entretenimento com poesia
Imagem, depois palavra.
Depois chocolate, música
Transforma-se
Em poesia. Em alegria.
Qualquer amor, mal amado
Uma grande novela
Amava
Lendo poesias, fazendo teatro
Mas, o tempo passou a realidade
Assustou, foi tanta, mesmo em pequenas doses
Que tudo desmoronou.
Aceitei esta vida inventada
A rotina amarrada.
Cheia de nós.
Deixa-me assim, caso não for
Para ajudar aos laços desamarrar,
Deixa-me assim, tediosa, chorosa.
Esperançosa.
Texto de Cris Poulain.

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